Parteiras, indígenas e até crianças foram mortos pela Inquisição
Em seu auge, nos séculos 16 e 17, estima-se que a Inquisição matou até 100 mil pessoas, entre mulheres, homens e crianças
Durante séculos, diversas sociedades europeias foram consumidas pelo medo de ter “bruxas” entre elas. A caça às bruxas, especialmente na Europa Central, resultou no julgamento, tortura e execução de dezenas de milhares de vítimas, das quais cerca de três quartos eram mulheres.
A Santa Inquisição era dirigida pela Igreja Católica Romana e foi criada no século 12, durante a Idade Média. Era uma espécie de tribunal religioso que condenava todos aqueles que eram contra os dogmas pregados pela Igreja Católica ou que eram considerados uma ameaça às doutrinas.
Em seu auge, nos séculos 16 e 17, estima-se que a Inquisição matou até 100 mil pessoas, entre mulheres, homens e crianças. As mulheres eram o principal alvo quando a perseguição era a possíveis adeptos à bruxaria. Os motivos são diversos e contestáveis.
Fosse por estarem conquistando mais liberdades, ou quebrando normas sociais vigentes, as mulheres eram vistas como uma terrível ameaça. O clérigo católico Heinrich Kramer afirmou em 1487, no seu livro, Malleus Maleficarum, que “as mulheres têm tendência natural a se tornarem bruxas”.
Mulheres eram torturadas e mortas por qualquer motivo. Parteiras e curandeiras, principalmente. Os médicos na época eram acessíveis somente para os ricos. Os pobres só tinham essas mulheres, que tinham alto conhecimento em plantas medicinais para curar os enfermos. Mas isso bastava para serem acusadas de bruxaria e serem mortas pela Inquisição. Simplesmente porque as ervas que manuseavam curavam os doentes.
Agnes Sampson é um exemplo, morava em Nether Keith, na Escócia. No século 16, desempenhava o papel de parteira na região onde morava. Viúva e com filhos, rumores alegavam que Agnes, devido a sua sabedoria e experiência, possuía poderes mágicos.
Quando a caça às bruxas se instalou na Escócia, em meados de 1590, Sampson foi uma das mulheres levadas ao palácio do rei James VI, sob a acusação de bruxaria.
Inicialmente, a mulher negou que tinha qualquer envolvimento com magia negra. Levaram-na para a masmorra, onde ela foi submetida a brutais sessões de tortura, durante dias. Segundo o embaixador inglês, Robert Bowes, a bruxa havia confessado ter tentado lançar feitiços contra o monarca. Sampson foi condenada à morte por bruxaria, e queimada na fogueira em 28 de janeiro de 1591.
Bridget Bishop é, até hoje, uma das mais famosas mulheres acusadas de bruxaria da História. Ela foi a primeira pessoa a ser morta na infame caça às bruxas de Salem. Na época com 60 anos, tinha sido casada três vezes e optava por usar seu nome de solteira, o suficiente para que moradores da região espalhassem absurdos rumores sobre sua vida.
Ela foi condenada a morte por enforcamento em 10 de junho de 1692, marcando o início de centenas de mortes que viriam a acontecer na cidade de Salem.
Mesmo crianças não foram poupadas. Jennet era uma pobre menina de nove anos que morava com a família, mãe e irmãos, na casa de sua avó, em 1612, período no qual o rei James I, da Inglaterra, popularizava a caça às bruxas no país e todos viviam aterrorizados. A avó de Jennet era quem sustentava a família, moradores pagavam para que ela curasse doenças ou ajudasse a encontrar objetos perdidos. Um trabalho comum na época, o que permitia a sobrevivência dos Device.
Um dia, ao pedir esmola, a irmã de Jennet, Alison, teria gritado uma maldição para uma pessoa que rejeitou lhe dar dinheiro. No mesmo momento, o homem sofreu um grave derrame. Amedrontada, Alison afirmou ser uma bruxa e acusou também todos os membros de sua família. A acusação não foi levada a sério, mas as autoridades começaram a vigiar os supostos bruxos.
Oficiais da Inquisição invadiram a casa da família e levaram todos presos, com exceção de Jennet. Na prisão, a avó morreu, devido às condições desumanas a que foi submetida.
Sobraram a mãe e os irmãos de Jennet para serem julgados. No dia do julgamento, Jennet foi a principal testemunha. Para não morrer, acusou todos seus familiares de praticarem feitiços e assassinatos. Toda a família foi enforcada, incluindo as crianças.
No Brasil, a Inquisição também fez vítimas, principalmente indígenas. Seus rituais e a não conversão para o cristianismo bastavam para serem julgados como hereges e demoníacos.
O judaísmo também era condenado no Brasil. A grande maioria das perseguições do Santo Ofício ocorreu na segunda metade do século 18. Ao todo, cerca de 500 pessoas foram denunciadas no Brasil, sendo a maioria acusada de disseminar o judaísmo.
Após ser preso pelas autoridades, o acusado passava por uma série de torturas que tinham como principal função obter a confissão do herege. Após quase 300 anos de atividade, o Tribunal do Santo Ofício foi extinto, no dia 31 de março de 1821.
Fontes: Aventuras na História, Brasil Escola, Mundo educação e Gendercide Watch
Católico17/10/2020 @ 16:13
Mentira! Quem fez isso foi os protestantes, Lutero afirmava que as bruxas deveriam ser mortas. A igreja católica nunca matou alguém. E é a maior instituição de caridade do mundo!
Ruth28/10/2020 @ 23:14
Fé cega é pior que ignorância
anjo à esquerda28/01/2021 @ 04:23
Santa ignorância ou mal caratismo mesmo esse seu comentário chulo!?
Valeria22/02/2021 @ 19:44
Não surta!
Bernardo em defesa da minha igreja Católica de pessoas que nao sabem oque falam e estudam oque quer26/04/2021 @ 15:06
E também eles nao falam do catarismo que chutavam ate a morte a barriga das grávidas
Starcyo16/05/2021 @ 18:11
A história da Igreja Católica Romana está registrada. A “Santa” Inquisição foi a invenção mais diabólica que a Igreja Romana criou. E foi criada por qual motivo? Para eliminar as pessoas que os líderes hereges consideravam ser hereges. A maldade de Babilônia ainda está gravada, e Deus a julgará pelo sangue derramado de Seus fiéis!
Ane Arduim31/05/2021 @ 17:07
Covardia oportunista de católico e protestantes muito bem documentada. Para verificar basta saber ler: https://digitarq.arquivos.pt/details?id=2299703
Cleber Rogerio lirio dos Santos28/06/2021 @ 08:26
vai no subsolo do vaticano para ver a grande riqueza que a religião católica acumulou através dos tempos e quantas vidas foram perdidas para que ela tivesse tanta riqueza e poder. A igreja católica pede para todos ajudarem os menos afortunados mas dela não sai um centavo. Eu poderia ficar o dia todo enumerando tantas atrocidades cometidas na busca frenética do poder e da riqueza mas não vou perder o meu tempo.
Lucia29/11/2020 @ 11:51
Vai dizer que os casos atuais de pedofilia, onde a igreja católica também é acusada de vários casos , vai dizer que é mentira também? ?
Wellington20/12/2020 @ 20:01
Pior ainda é a fé materialista, iluminista.. acreditando-se numa ideologia.
FRANCISCO TIAGO DE ARAUJO JUNIOR10/03/2021 @ 08:49
Pois vá estudar, e veja que existe mais pastores pedófilos do que Padres!
Diva Amaral15/10/2021 @ 19:53
Igreja católica, muitos católicos, padres, bispos, papas, pregam moral de cueca. A inquisição existiu sim, dentro da igreja, como também homossexuais, pedófilia, fornicação, abortos, isso desde de muito tempo atrás. Quem viveu em convento, que conviveram de perto, sabem muito bem que a igreja católica é daquelas que faça o que mando, mas não façam o que eu faço.
Igor18/12/2020 @ 20:41
“Quando a caça às bruxas se instalou na Escócia, em meados de 1590, Sampson foi uma das mulheres levadas ao palácio do rei James VI, sob a acusação de bruxaria.” “Mesmo crianças não foram poupadas. Jennet era uma pobre menina de nove anos que morava com a família, mãe e irmãos, na casa de sua avó, em 1612, período no qual o rei James I, da Inglaterra, popularizava a caça às bruxas no país e todos viviam aterrorizados. A avó de Jennet era quem sustentava a família, moradores pagavam para que ela curasse doenças ou ajudasse a encontrar objetos perdidos. Um trabalho comum na época, o que permitia a sobrevivência dos Device.”
Dois dos principais casos mencionados foram claramente perseguições feitas por protestantes (Jaime I e VI era protestante). Então não é honesto que o título mencione a inquisição, pondo na conta dela algo feito por protestantes
Paulo José07/03/2021 @ 17:59
Inquisição na Escócia do século XVII? Em Salem, Massachusetts, no mesmo século? Mas esses lugares não estavam sob a jurisdição do Santo Ofício. A população sequer era católica em nenhum deles.
Grecco Lira17/04/2021 @ 16:58
Texto estranho, me pareceu tendencioso, colocou-se alguns casos da inquisição calvinista como sendo da romana. A autora deveria ser mais cuidadosa. Porém concordo que independente dos responsáveis pelo processos, fossem civis ou religiosos, tanto católicos quanto protestantes, a inquisição foi um terrível intrumento de opressão sobretudo para as mulheres. Ainda assim, apesar de citar alguns casos pra ilustrar o texto, a autora caiu na vala comum da superficialidade, lugar lotado de textos e opiniões de “especialistas” em assuntos relacionados a idade média.
Bernardo em defesa da minha igreja Católica de pessoas que nao sabem oque falam e estudam oque quer26/04/2021 @ 15:03
Aiaiai, pra começar inquisição foi feita pra julgar as pessoas que eram condenadas, pois os reis e as pessoas que queriam matar os hereges por julgamento próprio alias é só procurar saber mais e também esqueci uma parte do que aprendi
Rafael13/05/2021 @ 13:42
A fonte é Brasil Escola e Mundo Educação e não um livro/dados dos tribunais escolásticos, isso não passa de um palpite ridículo e medíocre. Melhorem.
VÍTIMAS DA RELIGIÃO – PESSOAS TORTURADAS E MORTAS PELA INQUISIÇÃO – Vítimas da Religião29/05/2021 @ 16:00
[…] /observatorio3setor.org.br/noticias/parteiras-indigenas-e-ate-criancas-foram-mortos-pela-inquisicao/… […]
João filho03/06/2021 @ 16:42
A igreja católica e cheia de estupradores ladrões e assassinos escondidos atrás da biblia